sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CAPITAL SOCIAL

Funções do Capital Social:

  • Função de garantia, face aos credores sociais.
  • Função de organização: na relação entre os sócios e  sociedade, tem a função de organizar a socialidade, ser a fonte e o critério de medida dos direitos e obrigações.
  • Função de produção assente na circunstância de que os bens entregues pelos sócios constituem a base material de suporte ao desenvolvimento do objecto social.

Subscrição do Capital Social
A subscrição do capital consiste no assumir pelos futuros sócios/acionistas do compromisso de entrar na sociedade com os valores definidos no contrato de sociedade para

formação do capital social.
É o ato pelo qual os sócios formalizam a sua obrigação de
entrada na sociedade.

Formas de subscrição do Capital Social
  • Subscrição particular - se dirigida a um número restrito de pessoas ou sociedades previamente identificadas.
  • Subscrição pública – se as ações com que se pretende representar o capital social de uma sociedade anónima são oferecidas ao público em geral. Esta subscrição pode ser de duas formas:
Directa - efectuada pela própria sociedade;
Indirecta - levada a efeito por intermediários financeiros.

domingo, 16 de agosto de 2015

FAZES DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO


Definição do projeto e formulação da estratégia:  
  • Identificação da ideia / oportunidade;
  • Enquadramento da missão, visão e valores;
  • Análise de mercado: PEST; Forças competitivas; cadeia de valor; SWOT; portfolio de produtos; benchmarking;
  • Identificação das linhas estratégicas, metas e objetivos.
Avaliação e decisão (Investir ou não):
1. Estudos de avaliação da exequibilidade 
  • Legal (enquadramento legal da atividade associada ao projeto); 
  • Técnica (disponibilidade de meios e conhecimentos técnicos necessários); 
  • Operacional (enquadramento da empresa na solução preconizada); 
  • Organizacional (modelo de gestão da empresa pós projeto); 
  • Calendário (possibilidade de implementação em tempo útil); 
  • Mercado (dimensão do mercado e caraterísticas dos produtos).
2. Estudos de avaliação da viabilidade 
  • Localização (local mais ajustado à implementação física do projeto) 
  • Dimensão (escala da capacidade produtiva a instalar) 
  • Comercial (modo de funcionamento do mercado e forma de acesso) 
  • Investimentos (recursos a aplicar na realização do projeto) 
  • Económica (rentabilidade dos investimentos a realizar) 
  • Financeira (equilíbrio financeiro)
3. Tomada de decisão e elaboração do plano de negócios (sim / não)
  • Após a fase de arranque e estudos de suporte é tomada ou não a decisão de materializar o projeto num plano de negócios.
  • Este documento escrito representa a estratégia definida, enquadra o plano de ação que a empresa pretende desenvolver e sistematiza a informação que permite a demonstração de existência de condições de viabilidade do projeto.
  • Documento utilizado como suporte para apresentação a stakeholders, nomeadamente às entidades financiadoras.

Planeamento:
Plano de ação necessário à concretização do projeto: 
  • Criação da equipa de desenvolvimento do projeto e respetiva liderança; 
  • Planeamento detalhado das ações a realizar; 
  • Definição das atividades, requisitos e procedimentos a adotar; 
  • Definição dos objetivos e respetivos milestones; 
  • Definição dos mecanismos de controlo (custo, calendário, qualidade).

Execução:
Desenvolvimento das atividades planeadas: 
  • Elevada intensidade do trabalho em equipa; 
  • Descentralização de responsabilidades nas equipas; 
  • Forte coordenação pelo gestor do projeto; 
  • Interação contínua entre o gestor e a equipa do projeto.

Controlo e reajustamento do plano:
Revisão do planeamento tendo em conta os milestones definidos: 
  • Avaliação de necessidades de ajustamento identificados; 
  • Reajustamentos ao planeamento original; 
  • Focalização no âmbito e objetivos essenciais aos projeto.

Encerramento:
  • Verificação dos objetivos atingidos e a atingir, de acordo com o “caderno de encargos”: Medições finais dos inputs utilizados e dos trabalhos efetivamente realizados; 
  • Avaliação do trabalho da equipa do projeto; 
  • Avaliação do trabalho realizado pelos fornecedores; 
  • Registo das lições apreendidas com a execução; 
  • Dissolução da equipa do projeto.

Fase operacional, ou de funcionamento do pós projeto:
  • A liderança passa para um grupo executivo que deverá aplicar a estratégia definida para a fase pós-projeto.
  • Cada umas das fases dos pós-projeto tem detalhes específicos que deverão ser afetos aos recursos da empresa.

sábado, 15 de agosto de 2015

CAPITAL PRÓPRIO


FASB norte-americano: Capital Próprio ou Activo Líquido é o
interesse residual nos activos de uma entidade que resta
depois de deduzidos os seus passivos.

IASB: Capital Próprio é o interesse residual nos activos da
empresa depois de deduzidos todos os passivos.

CNC: Capital Próprio é o interesse residual nos activos da
entidade depois de deduzir todos os seus passivos.

Capital Financeiro: Corresponde ao Capital Próprio ou Activos Líquidos. Este conceito é o adoptado na preparação das Demonstrações Financeiras; 

Capital Físico: Capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, em unidades de produção diária.

Lucro/Prejuízo: (segundo o conceito de capital financeiro) diferença positiva/negativa entre o Capital Próprio no final do exercício e o Capital Próprio no seu início, depois de excluídas quaisquer contribuições de (ou distribuições a) sócios.

O conceito de capital adquirido está intimamente ligado ao conceito de manutenção de capital que nos é dado na EC sob duas perspetivas:

  • Financeiro: Este é o conceito normalmente utilizado pelas entidades na preparação das suas demonstrações financeiras. De acordo com este conceito o lucro só é obtido se a quantia financeira dos ativos líquidos no final do período exceder a quantia inicial, excluindo-se as distribuições e ou contribuições dos detentores de capital durante o período;



  • Físico: De acordo com este conceito só é obtido lucro se a capacidade física produtiva (operacional) da entidade no fim do período for superior à capacidade inicial, excluindo-se as distribuições e ou contribuições dos detentores de capital.

OBJETO E OBJETIVO DA AUDITORIA FINANCEIRA

Etimologicamente a palavra auditoria tem a sua origem no verbo latino audire o qual, significa "ouvir", conduziu à criação da palavra auditor (do latim auditore)  como sendo aquele que ouve, ou seja o ouvinte. Isto pelo facto de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem as suas conclusões fundamentalmente com base nas informações que verbalmente lhes eram transmitidas. 

Uma auditoria destina-se a verificar, de uma forma sistemática a conformidade dos procedimentos adoptados e seguidos nas diversas áreas organizacionais de uma entidade com os respetivos regulamentos, critérios, regras, leis, políticas, etc..., quer internos quer externos que se encontrem estabelecidos e aprovados.

A auditoria financeira tem como objeto as asserções subjacentes às demonstrações financeiras (que são as matérias sobre o qual recai a atenção ou que é alvo de investigação), e como objetivo a expressão de uma opinião, por parte de um profissional competente e independente, sobre as demonstrações financeiras (que é o resultado que se pretende alcançar).  

A ISA 200 que refere o objetivo de uma auditoria, estabelece que ao realizar uma auditoria de demonstrações financeiras os objtivos globais do auditor são:
  • Obter uma segurança razoável sobre as demonstrações financeiras como um todo estão isentas de distorções materiais, seja devido a fraude ou a erro, permitindo-lhe portanto expressar uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão preparadas em todos os aspetos materiais, de acordo com uma estrutura conceptual de relato financeiro aplicável;
  • Relatar sobre as demonstrações financeiras, e comunicar conforme exigido pelas ISA, de acordo com as suas constatações.
fonte: Carlos B. da Costa "Auditoria Financeira"